Ao fim de uma hora de caminho e quase 2.350 metros percorridos o desejado marco geodésico, que se tinha avistado lá de baixo, aparecia agora por entre os arbustos. O primeiro era alcançado, ainda faltava outro mas ficaria para depois de serem feitos os registos no respectivo livrinho. Encontrada às 09:40 Horas. Exactamente uma hora depois.
O “Malhadas” encontrou
O “Team Quinzena” Registou a TB
Novo azimute tirado e uma tirada de aproximadamente 2.400 metros por terreno desconhecido que se avizinhava em direcção à segunda Cache do dia.
À medida que se avançava no terreno, a paisagem ia mudando embora aquela que se deparava diante dos nossos olhos e junto aos pés fosse ou nos parecesse sempre igual.
A que se ia avistando.
Ao fim de duas horas e vinte minutos e de termos percorrido aproximadamente 5.100 metros, o segundo Marco Geodésico aparece tal como o primeiro, por entre os arbustos.
Seguia-se uma estrada de terra batida para aliviar os pés que começavam já a pedir um pouco de terreno liso. Foi assim até aos últimos duzentos metros do terceiro Found onde apenas faltaram as armas para a espera do Javali.
Depois da respectiva escrita, tempo ainda para as fotos de costume, diga-se que umas mais radicais que outras. O Peter Santarém, comemorava aqui a sua Centésima Cache.
A caminho da terceira Cache, que se sabia nada a ter a ver com as duas primeiras. A ausência de Marcos Geodésicos iria requerer um pouco mais de atenção, principalmente na aproximação, uma vez que estes tinham acabado e com eles a navegação à vista nos últimos metros.
O desafio aumentava. As clareiras eram cada vez menos, o que nos obrigava a fazer alguns desvios da rota programada. Por poucos segundos senti-me peregrino… atravessando uma estrada de alcatrão.
A esta hora até que já caiam bem uns bifinhos, mas nem pensar nisso era bom. Depois que seria feito das Sandochas que nos esperavam dentro das mochilas!
Após 3 horas e 40 minutos e 8.000 metros de terreno percorrido, chegamos à terceira Cache, três quartos do Objectivo estavam já cumpridos.
De todas as etapas, esta foi a que se tornou mais complicada. Parecia que tudo estava contra nós, a cada metro que avançavamos a vegetação ia ficando cada vez mais densa, os zig-zages eram constantes e tornava-se quase impossível transpor todo aquele matagal em linha recta.
Para completar o azar e atrasar mais a caminhada, o amigo Peter Santarém, sensivelmente a meio desta etapa, pôs o pé em falso e fez um entorse. Felizmente não foi daqueles que nos deixa no sítio, mas foi o suficiente para coxear o resto da caminhada. Para não falar da quantidade de arranhões nos braços. A cama era de Tojos com alguns calhaus como almofadas.
Peter Santarém a 150 metros da meta.
A Missão estava cumprida mas ainda faltava o regresso à viatura que tinha ficado estacionada em Alqueidão, eram apenas mais 2.300 metros aproximadamente.
Enquanto fazíamos o percurso, já em estrada de terra batida, foi tempo para, mesmo em andamento, aliviar o peso das mochilas e aconchegar o estômago.
Para trás, ficava o cheiro do mato, a beleza da paisagem e o constante serpentear por entre os arbustos de maior porte e as rochas mais altas. Ficava também, apesar do cansaço já instalado, como que “um sabor a pouco”.
Ainda há cinco horas atrás me tinha interrogado a mim próprio, se seria capaz de superar a caminhada!
Fresco não estava, mas certamente estava um pouco melhor que o meu companheiro de jornada, que na sequência da queda não parava de coxear. Mas era forte… porque mesmo no estado em que se encontrava, não desistiu de ir assaltar a Twins VI.
Assim foi, tempo para alcançar a viatura e rumar até à próxima.
Para castigo, metemos mal as coordenadas do estacionamento. Mesmo achando que não fazia qualquer sentido o estacionamento ser naquele beco desajeitado, lá fomos nós, encosta acima, procurando o porquê do Owner o ter posto ali. Pelo contrário, o local é bem amplo e de fácil acesso.
Alcançada às 14:55 horas num ponto bem calmo, como os anteriores, conseguindo assim, mais uma vez, atingir os seus objectivos; dar a quem a procura, uma visão mais ampla da zona.
A “ARRIFE Total” não foi feita, porque entretanto o “Team Quinzena” não tomou apontamento do item da Twins II. Ficará por certo para outra oportunidade.
Demos assim por terminada a aventura deste dia 15 de Maio de 2009, à qual demos o nome: “Caminhada pelo Arrifes Twins do 1 ao 4”
PS: No percurso, desde o WS em N 39º 29,402 W 008º 37,603 ao PA em N 39º 32,878 W 008º 35,251, foram percorridos 15.160 metros em 5 horas e 40 minutos.
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